19 de maio de 2011

O que te prende?




"A prisão não são as grades, e a liberdade não é a rua; existem homens presos na rua e livres na prisão. É uma questão de consciência." 
(Desconheço o autor) 

Foto que eu tirei em Mariana - MG no ano de 2009.

2 comentários:

  1. Lá vai eu de novo ser o primeiro a comentar.

    A sensação que tenho é de que estou conversando diretamente com a dona do blog neste momento, em um bate- papo bem descontraído, em que as ideias vêm e a gente vai falando...
    Muitas vezes, nos mostramos aprisionados dentro de nós, e não sei se por medo, receio de uma situação que possa gerar um mal-estar ao outro, acabamos por suportar determinados acontecimentos.
    Isso ocorre com a mulher que apanha do marido e não o deixa, justificativa da maioria, pelos filhos ainda criança; a impontência de acreditar que ela pode ser capaz de reconstruir sua vida sozinha ou com um outro companheiro que a ame de verdade, se mostra maior que o desejo de liberdade.
    Ou ainda com aquele moço que não se mostra verdadeiramente e diz gostar do que os outros não gostam, e por isso é tido como diferente, e discriminado, olhar torto da sociedade, gerando um grande sofrimento. Estas são as situações mais próximas de minha realidade, e por isso as nomeei. Umas porque ouço, outras por vivenciar diretamente, na própria pele. Como ocorreu esta semana.
    Lembra-me também os romances de Eça de Queirós, nos quais a traição sempre se faz presente, e a mulher age como se tivesse outra personalidade quando está com o amante, advinda de sua infelicidade no casamento. Mas se está infeliz, por que não separar? A resposta é simples, para a época, e para a atualidade: As convenções nos prendem, assim como prendiam as moças burguesas no século XIX.
    Hoje, as mulheres que não traem ninguém, ainda assim apanham e por isso vivem enclausuradas em sua depressão.
    Perdi muito tempo em minha vida acreditando em coisas que não valiam a pena,e com isso fui perdendo o que realmente valia. Hoje, não me importo com opiniões de gente que não conheço, e acho que ninguém deveria se importar. Quem nos ama, na mais completa acepção desse termo, aceita-nos com defeitos e diferenças também, sempre maiores que nossas qualidades.
    Hoje, vivo o que há, de uns dias para cá estou me sentindo como se estivesse com 15 anos. Mas é porque, entre outras coisas, me permiti o direito de negar aquilo que não quero para mim. E isso inclui opiniões alheias que de nada vão me acrescentar.
    É claro que ainda me prendo a algumas coisas, nem tudo ainda posso falar a todos, inclusive a meus pais, mas eles me conhecem bem e me lêem no olhar, e isso me prende, mas não deixo mais de me presentear com momentos de felicidade por conta dessas tribulações. E acho que ninguém deveria isso fazer, mas faz!

    P.S.: Suas mensagens são muito profundas, você se parece muito com a Clarice Lispector, não só nas palavras, mas no jeito, na forma de olhar. Desculpe dizer, mas essa constatação está me vindo agora.

    Ótimo post! Abraços...

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  2. Fico feliz que você continue visitando e comentando mo meu blog...
    Muitas coisas que posto são para você ler, pois sei que você conseguirá entender o real significado daquelas palavras!
    Obrigada pela comparação com Clarice Lispector! Me sinto honrada!

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