11 de março de 2011

 
 
 
"A covardia coloca a questão: 'É seguro?'
O comodismo coloca a questão: 'É popular?'
A etiqueta coloca a questão: 'É elegante?'
Mas a consciência coloca a questão, 'É correto?'
E chega uma altura em que temos de tomar uma posição que não é segura, não é elegante, não é popular,
mas o temos de fazer porque a nossa consciência nos diz que é essa a atitude correta."

Martin Luther King Jr.

3 de março de 2011

Algumas mulheres que eu conheço



Este texto é de minha autoria, por isso se for copiar, coloque os créditos, por favor!

Algumas mulheres que eu conheço

Com o Dia Internacional da Mulher se aproximando comecei a pensar nas características de algumas mulheres que eu conheço...
Nem são tantas mulheres assim, mas me surpreendi com a diversidade de características que elas possuem!
Uma das que eu mais admiro é a mulher-amor. Ela não sente ódio e nem rancor por ninguém! Mais de uma vez, ela se entregou de corpo e alma a uma relação e foi enganada pelo seu amado. Mas isso não fez com que ela o odiasse (como eu o faria). Ela é grata pelos momentos de felicidade que pôde desfrutar ao lado desse homem, e, simplesmente, deseja que ele seja feliz! Simples assim!
Conheço também a mulher-amargura que nunca conseguiu ser feliz. Seu sonho era estudar, trabalhar e ser independente! Mas um casamento arranjado por seus pais mudou completamente sua vida. Casou-se, teve filhos, netos, mas nunca se conformou com a vida que levava. E por nunca ter se conformado, nunca conseguiu ser feliz! Poucas vezes a vi sorrir, e mesmo quando sorria seus olhos não escondiam a tristeza que havia em sua alma.
Há ainda a mulher-determinação, que teve coragem de deixar uma filha pequena todas as noites para fazer uma faculdade. Seu marido era contra no começo, mas a sua determinação era tão grande que se fosse preciso ela deixaria ele, mas não a faculdade. Então ele aceitou! E ela, com muito esforço e dedicação, conseguiu se formar e se transformar em uma excelente profissional.
A mulher-fortaleza é aquela sempre enfrentou seus problemas sozinha. Nunca ficou se queixando das adversidades que surgiam em seu caminho. Apoiou seu marido em todas as suas decisões sensatas. Passou noites e noites sozinha em casa com suas filhas enquanto seu marido viajava a trabalho. Honesta, fiel, independente, amorosa, forte, ela possui todas as características próprias de uma Mulher com M maiúsculo.
A mulher-maltratada que sofre todo tipo de violência (física e psicológica) de seu marido, mas não consegue se separar dele. Quando ela ainda não tinha filhos, saiu de casa algumas vezes, mas sempre voltava na esperança de que seu marido deixasse de beber e, assim, de maltratá-la. Mas quando se tornou mãe tudo ficou ainda mais difícil, pois seu filho implorava para que ela não deixasse seu pai. Ela continua casada, e já começa a perceber o mal que o seu marido tem causado a estrutura psicológica de seu filho, mas ainda assim, se mantém, voluntariamente, presa ao seu agressor.
A mulher-bondade que, em uma época que poucas mulheres trabalhavam fora, trabalhou muito para dar uma vida digna à sua família. Educou seus filhos com amor, dedicação e fé. Tratava a todos que batiam em sua porta com carinho e atenção. Mas que em algum momento perdeu sua memória. Na verdade, acho que as lembranças de uma vida não podem ser perdidas, talvez o que aconteça seja a perda da capacidade de expressar tais lembranças. Mas o que mais me impressiona é que esta mulher não perdeu a capacidade de sorrir, e através destes sorrisos expressar o seu amor pelas pessoas que a rodeiam.
Sou bisneta da mulher-ternura que foi mãe de mais de vinte filhos, e conseguiu ser forte o suficiente para enterrar a maioria deles. Teve uma vida muito pobre e sofrida ao lado de um marido que passou a vida tentando irritá-la. Mas ainda assim, era doce e terna. Sua companhia transmite paz a todos que se aproximam dela. É triste pela morte de seu marido, mas sua ternura consegue ser maior do que a tristeza expressa em seus olhos.
Uma mulher bastante complicada de se entender é a mulher-lua. Chamo-a assim, pois ela muda de fases regularmente. Às vezes é triste, às vezes feliz... É muito sensível, por isso chora com facilidade. Pode ser doce ou amarga, gentil ou mal-educada... E sabem por que ela é assim? Por causa de uma tal lua em escorpião! Sim, ela gosta muito de assuntos esotéricos e quem lhe fez a revelação sobre a lua foi um astrólogo seu amigo. Trata-se de uma pessoa sincera e transparente, por isso a mudança de fases é claramente perceptível. É muito difícil conquistar a confiança desta mulher, por isso ela tem poucos amigos e, frequentemente, é julgada como metida. Mas no fundo, ela não se importa, pois sabe que as pessoas que são realmente importantes para ela respeitam e entendem a sua constante mudança de fases.
Há ainda muitas outras mulheres que conheço... Católicas, evangélicas, pagãs... Sofridas e felizes... Mulheres que sonham em ser mães, mas não podem... Aquelas que são mães, mas preferiam não ter filhos... Algumas que tem sede de conhecimento e querem estudar para sempre... Enquanto outras sonham com um casamento feliz e mais nada...
Mulheres, histórias, sentimentos...
Milhões de sentimentos para doar, para controlar e, muitas vezes, para esconder!
É... Ser mulher não é nada fácil!
E só um dia no calendário é pouco pelo reconhecimento que todas merecem! Mas é melhor do que não ter dia nenhum, né?
De qualquer forma, desejo felicidade e amor em todos os dias para todas as mulheres do mundo!!!

Josiele Alves Medeiros

2 de março de 2011

Aprenda a gostar de você




"Aprenda a gostar de você, a cuidar de você e, principalmente, a
gostar de quem também gosta de você...
A idade vai chegando e, com o passar do tempo, nossas
prioridades na vida vão mudando...
A vida profissional, a monografia de final de curso, as contas a pagar...
Mas uma coisa parece estar sempre presente... A busca pela
felicidade, com o amor da sua vida. 
Desde pequenas ficamos nos perguntando "quando será que
vai chegar?" E a cada nova paquera, vez ou outra nos pegamos
na dúvida "será que é ele?".
Como diz meu pai: "nessa idade tudo é definitivo", pelo menos a
gente sempre achava que era.
Cada namorado era o novo homem da sua vida.
Fazíamos planos, escolhíamos o nome dos filhos, o lugar da
lua-de-mel e, de repente...
PLAFT! Como num passe de mágica ele desaparecia, fazendo
criar mais expectativas a respeito "do próximo".
Você percebe que cair na guerra quando se termina um
namoro é muito natural, mas que já não dura mais de três meses.
Agora, você procura melhor e começa a ser mais seletiva.
Procura um cara formado, trabalhador, bem resolvido,
inteligente, com  aquele papo que a deixa sentada no bar o resto da noite.
Você procura por alguém que cuide de você quando está
doente, que não reclame em trocar aquele churrasco dos
amigos pelo aniversário da sua avó,  que jogue "imagem e ação"
e se divirta como uma criança, que sorria de felicidade quando te
olha, mesmo quando você está de short, camiseta e chinelo.
A liberdade, ficar sem compromisso, sair sem dar satisfação, já
não tem o mesmo valor que tinha antes.
A gente inventa um monte de desculpas esfarrapadas, mas
continuamos com a  procura incessante por uma pessoa legal,
que nos complete, e vice-versa.
Enquanto tivermos maquiagem e perfume, vamos à luta... E
haja dinheiro para manter a presença em todos os eventos da
cidade: churrasco, festinhas, boates na quinta-feira.
Sem falar na diversidade, que vai do Forró ao Beatles.
Mas o melhor dessa parte é se divertir com as amigas, rir até doer
barriga, fazer aqueles passinhos bregas de antigamente  e curtir o som...
Olhar para o teto, cantar bem alto aquela música que você adora.
Com o tempo, voce vai percebendo que para ser feliz com
uma outra pessoa, você precisa, em primeiro lugar, não precisar dela.
Percebe também que aquele cara que você ama (ou acha
que ama), e que não quer nada com você, definitivamente não é o
homem da sua vida.
Você aprende a gostar de você, a cuidar de você e,
principalmente, a gostar de quem também gosta de você.
O segredo é não correr atrás das borboletas... é cuidar do jardim
para que elas venham até você.
No final das contas, você vai achar, não quem você estava
procurando, mas quem estava procurando por você!"
 
Autor desconhecido

1 de março de 2011

Um dia de merda




Se você (assim como eu) está achando que o seu dia está uma merda, não deixe de ler este texto.

Um dia de Merda

Aeroporto Santos Dumont, 15:30. Senti um pequeno mal estar causado por uma cólica intestinal, mas nada que uma urinada ou uma barrigada não aliviasse. Mas, atrasado para chegar ao ônibus que me levaria para o Galeão, de onde partiria o vôo para Miami, resolvi segurar as pontas. Afinal de contas são só uns 15 minutos de busão. “Chegando lá, tenho tempo de sobra para dar aquela mijadinha esperta, tranqüilo”. O avião só sairia às 16:30.

Entrando no ônibus, sem sanitários, senti a primeira contração e tomei consciência de que minha gravidez fecal chegara ao nono mês e que faria um parto de cócoras assim que entrasse no banheiro do aeroporto. Virei para o meu amigo que me acompanhava e, sutil, falei: “Cara, mal posso esperar para chegar na merda do aeroporto porque preciso largar um barro”. Nesse momento, senti um urubu beliscando minha cueca, mas botei a força de vontade para trabalhar e segurei a onda. O ônibus nem tinha começado a andar quando, para meu desespero, uma voz disse pelo alto falante: “Senhoras e senhores, nossa viagem entre os dois aeroportos levará em torno de 1 hora, devido às obras na pista”. Aí o urubu ficou maluco querendo sair a qualquer custo. Fiz um esforço hercúleo para segurar o trem merda que estava para chegar na estação ânus a qualquer momento. Suava em bicas.

Meu amigo percebeu e, como bom amigo que era, aproveitou para tirar um sarro. O alívio provisório veio em forma de bolhas estomacais, indicando que pelo menos por enquanto as coisas tinham se acomodado. Tentava me distrair vendo TV, mas só conseguia pensar em um banheiro, não com uma privada, mas com um vaso sanitário tão branco e tão limpo que alguém poderia botar seu almoço nele. E o papel higiênico então: branco e macio, com textura e perfume e, ops, senti um volume almofadado entre meu traseiro e o assento do ônibus e percebi, consternado, que havia cagado. Um cocô sólido e comprido daqueles que dão orgulho de pai ao seu autor. Daqueles que dá vontade de ligar pros amigos e parentes e convidá-los a apreciar na privada. Tão perfeita obra, dava pra expor em uma bienal. Mas sem dúvida, a situação tava tensa. Olhei para o meu amigo, procurando um pouco de solidariedade, e confessei sério: “Cara, caguei”.

Quando meu amigo parou de rir, uns cinco minutos depois, aconselhou-me a relaxar, pois agora estava tudo sob controle. “Que se dane, me limpo no aeroporto” – pensei. “Pior que isso não fico”. Mal o ônibus entrou em movimento, a cólica recomeçou forte. Arregalei os olhos, segurei-me na cadeira, mas não pude evitar e, sem muita cerimônia ou anunciação, veio a segunda leva de merda. Dessa vez, como uma pasta morna. Foi merda para tudo que é lado, borrando, esquentando e melando a bunda, cueca, barra da camisa, pernas, panturrilha, calças, meias e pés. E mais uma cólica anunciando mais merda, agora líquida, das que queimam o fiofó do freguês ao sair rumo à liberdade. E depois um peido tipo bufa, que eu nem tentei segurar, afinal de contas o que era um peidinho para quem já estava todo cagado. Já o peido seguinte, foi do tipo que pesa. E me caguei pela quarta vez.

Lembrei de um amigo que certa vez estava com tanta caganeira que resolveu botar modess na cueca, mas colocou as linhas adesivas viradas para cima e quando foi tirá-lo levou metade dos pêlos do rabo junto. Mas era tarde demais para tal artifício absorvente. Tinha menstruado tanta merda que nem uma bomba de cisterna poderia me ajudar a limpar a sujeirada. Finalmente cheguei ao aeroporto e, saindo apressado com passos curtinhos, supliquei ao meu amigo que apanhasse minha mala no bagageiro do ônibus e a levasse ao sanitário do aeroporto para que eu pudesse trocar de roupas. Corri ao banheiro e, entrando de boxe em boxe, constatei a falta de papel higiênico em todos os cinco.

Olhei para cima e blasfemei: “Agora chega, né?” Entrei no último, sem papel mesmo, e tirei a roupa toda para analisar minha situação (que conclui como sendo o fundo do poço) e esperar pela minha salvação, com roupas limpinhas e cheirosinhas e com ela uma lufada de dignidade no meu dia.

Meu amigo entrou no banheiro com pressa, tinha feito o “check-in” e ia correndo tentar segurar o vôo. Jogou por cima do boxe o cartão de embarque e uma maleta de mão e saiu antes de qualquer protesto de minha parte. Ele tinha despachado a mala com roupas. Na mala de mão só tinha um pulôver de gola “V”. A temperatura em Miami era de aproximadamente 35 graus.

Desesperado, comecei a analisar quais de minhas roupas seriam, de algum modo, aproveitáveis. Minha cueca joguei no lixo. A camisa era história. As calças estavam deploráveis e, assim como minhas meias, mudaram de cor tingidas pela merda. Meus sapatos estavam nota 3, numa escala de 1 a 10. Teria que improvisar. A invenção é mãe da necessidade, então transformei uma simples privada em uma magnífica máquina de lavar. Virei a calça do lado avesso, segurei-a pela barra, e mergulhei a parte atingida na água. Comecei a dar descarga até que o grosso da merda se desprendeu.

Estava pronto para embarcar. Saí do banheiro e atravessei o aeroporto em direção ao portão de embarque trajando sapatos sem meias, as calças do lado avesso e molhadas da cintura ao joelho (não exatamente limpas) e o pulôver gola “V”, sem camisa. Mas caminhava com a dignidade de um lorde.

Embarquei no avião, onde todos os passageiros estavam esperando “O RAPAZ QUE ESTAVA NO BANHEIRO” e atravessei todo o corredor até o meu assento, ao lado do meu amigo que sorria. A aeromoça se aproximou e perguntou se precisava de algo. Eu cheguei a pensar em pedir 120 toalhinhas perfumadas para disfarçar o cheiro de fossa transbordante e uma gilete para cortar os pulsos, mas decidi não pedir: “Nada, obrigado. Eu só queria esquecer este dia de merda!”

P.S: Dizem que este texto é do Luiz Fernando Veríssimo, mas não tenho certeza.